Teologia e literatura
Teologia e literatura
As relações entre a teologia e a literatura são muito complexas e diversificadas e só recentemente têm sido objeto de uma reflexão sistemática. No Ocidente, desde a consolidação da escolástica nos sécs. XII e XIII - com teólogos do porte de Santo Alberto Magno, São Tomás de Aquino ou São Boaventura – até o séc. XX, a teologia acadêmica quase sempre ignorou completamente a existência e a importância da literatura, não obstante a evidente relevância das questões teológicas nas obras de autores como Dante, Gil Vicente, Camões, Calderón, Milton, Hopkins, Antero de Quental ou Dostoiévski, por um lado e, por outro, o freqüente recurso à linguagem poética por parte de alguns dos mais insignes místicos cristãos, como são João da Cruz ou Santa Teresa de Ávila, ou ainda a manifesta qualidade literária dos textos de oradores sacros como Vieira ou Bossuet.
Ao longo do séc. XX, registra-se um paulatino e crescente interesse pelo estudo das relações entre teologia e literatura, tanto por parte de teólogos, quanto por parte de críticos literários. Para os primeiros, a razão fundamental pela qual começam a se interessar profissionalmente pela literatura (e também por outras artes) parece decorrer da desintegração da linguagem tradicional da fé e da teologia, na esteira da assim chamada crise da metafísica ocidental. Efetivamente, a crise do racionalismo idealista – desencadeada pela obra daqueles pensadores a quem Paul Ricoeur chamou de “mestres da suspeita” (Marx, Nietzsche e Freud) e posteriormente aprofundada por influência de Heidegger e do existencialismo – constituiu um sério golpe na tradição do pensamento metafísico, sobre o qual a teologia se veio apoiando sistematicamente, pelo menos desde a Idade Média. Eis por que a teologia atual se vê obrigada a recorrer a “linguagens de empréstimo”, como as das ciências humanas, da política, da arte ou da literatura, para elaborar sua própria linguagem, fenômeno este analisado por Michel de Certeau (1969) e Henrique Cláudio de Lima Vaz (1986).
Para críticos e teóricos da literatura, por sua vez, o interesse pelas relações entre esta e a teologia decorre do esgotamento das metodologias excessivamente formalistas de abordagem do fenômeno literário e da conseqüente necessidade de se reintroduzir no âmbito dos estudos literários a preocupação com a comunicação de um mensagem, com uma particular percepção das experiências humanas, como núcleo irredutível de toda e qualquer obra literária. Tratar-se-ia, pois, nessa perspectiva, de um aspecto daquilo que António Blanch (1995) chama de recuperação do “valor homem” em literatura.
Historicamente, três obras foram muito importantes na abertura e consolidação desse campo interdisciplinar de estudos: Religiöse Gestalten in Dostojewskijs Werk, de Romano Guardini (1933), Histoire littéraire du sentiment religieux en France, de Henri Bremond (1915ss) e La religion de Péguy, de Pie Duployé (1965). A primeira delas é fruto dos cursos que o grande teólogo ítalo-alemão ministrou, a partir de 1923, na universidade de Berlim, na cadeira de Weltanschauung (“visão de mundo”) católica. Sua opção por lecionar essa disciplina a partir da literatura – num ambiente universitário predominantemente protestante ou secularizado – é profundamente sintomática da busca de uma nova linguagem que assegurasse a inteligibilidade e comunicabilidade dos conteúdos propriamente teológicos. A obra do padre Bremond, por sua vez, é um monumento de pesquisa e erudição, que muito contribuiu para dar visibilidade e respeitabilidade intelectual, nos meios acadêmicos do séc. XX, aos autores espirituais do passado, abrindo caminhos, assim, para o trabalho de outros estudiosos, como foi o caso, em Portugal, de José Sebastião da Silva Dias (1960), por exemplo. A tese de doutoramento de Pie Duployé, apresentada em Estrasburgo, teve entre outros méritos o de levantar pioneiramente a questão do estatuto epistemológico da literatura para a teologia, a ratio humaniorum litterarum theologica, nas palavras do autor .
Em 1969, o grande teólogo e historiador da teologia Marie-Dominique Chenu retomou a questão formulada por Duployé e propôs que se considerasse literatura como “lugar teológico”, isto é, como uma fonte de elementos para o trabalho teológico (“lugares teológicos” são, entre outros, a Bíblia, os concílios, a Patrística e também a razão natural, o pensamento de filósofos e juristas etc.). Essa posição encontrou recepção favorável em Hervé Rousseau (1976), por exemplo, mas também suscitou a oposição de um Jean-Pierre Jossua (1985), que aponta para o risco de se considerar a literatura, nesse caso, simplesmente como uma fonte a mais de dados previamente disponíveis alhures para a teologia e de não se atentar para aquilo que somente a literatura é capaz de dizer, ou pelo menos, é capaz de dizer melhor que outros discursos. Quanto a esse particular, observa-se em todo o debate a preocupação constante com o problema do mal. De fato, essa questão parece polarizar a atenção de muitos teólogos, quando estes falam da importância da literatura para a teologia ou daquilo que só a literatura seria capaz de dizer. Diante da presença avassaladora do mal, tal qual experienciada ao longo do séc. XX, eles se dão conta da insuficiência e irrelevância da linguagem teológica tradicional e, inversamente, da profundidade e comunicabilidade dos grandes painéis literários sobre o mal (entre outros citem-se os nomes de Edgar Allan Poe, Emily Brontë, Julien Green, Albert Camus, Georges Bernanos, Franz Kafka e, sobretudo Dostoiévski).
Mais recentemente, Adolphe Gesché (1995), professor de Lovaina, também se ocupou das relações entre teologia e literatura. Gesché defende a tese de que, para cumprir eficazmente seu papel, a teologia deveria eleger a antropologia cultural como interlocutora privilegiada, pois “torna-se impossível, de fato e de direito, falar corretamente de Deus se não se conhece o homem”. A antropologia seria, assim, a epistemologia da teologia, o lugar de sua verificabilidade. Nessa perspectiva, Gesché – para quem a teologia é a ciência dos limites do humano ou do seu excesso – postula a constituição de uma antropologia literária, entendida como a compreensão do homem construída pela literatura, como disciplina com a qual a teologia precisaria dialogar, pois é na literatura que se encontra a verdade mais profunda do ser humano
Dos grandes teólogos do séc. XX, aquele cuja obra dá maior relevo às questões literárias é, sem dúvida, o suíço Hans Urs von Balthasar. Reconhecendo que a tradição teológica ocidental privilegiou as idéias de verdade e de bem, mas ignorou ou negligenciou gravemente a de beleza, von Balthasar procurou elaborar uma teologia que reequilibrasse os três transcendentais da filosofia clássica, devolvendo à estética o lugar que lhe cabe ao lado da ética e da lógica. Por isso mesmo, sua opera magna é uma densa e erudita trilogia, que se propõe a apresentar a teologia católica pensada à luz do belo (a estética teológica), do bom (a dramática teológica), e do verdadeiro (a lógica teológica). Para tanto, o autor recorre inúmeras vezes, entre outras fontes, à literatura ocidental, desde os gregos até nossos dias, literatura esta que ele conhecia em profundidade e freqüentemente nas línguas originais. Para von Balthasar, o belo é a maneira segundo a qual o bem é percebido pelo homem como verdadeiro (observe-se que, em alemão, percepção é Wahrnehmung, isto é, “apreensão do verdadeiro”). Caberia, portanto, ao teólogo, buscar investigar como a literatura – e também a música e as artes plásticas – apreende esteticamente a verdade do cristianismo. É esse o projeto que ele desenvolve ao longo de vários volumes e que vem alcançando, nos últimos anos, grande ressonância nos meios teológicos de diversos países, à medida que sua obra vai sendo traduzida e estudada.
No campo da crítica literária propriamente dita, merece especial relevo a extensa obra do belga Charles Moeller, Littérature du XXe siècle et christianisme (1953ss). Nela, estudam-se muitos dos principais escritores do século, cristãos e não-cristãos, na perspectiva das relações de suas vidas e obras com o cristianismo. Ainda que a metodologia empregada tenha envelhecido muito diante dos notáveis desenvolvimentos da teoria e da crítica literárias das últimas décadas, continua a ser uma obra de referência obrigatória e muitas de suas conclusões permanecem válidas.
Em Portugal e no Brasil, têm vindo a lume recentemente algumas obras importantes que estudam destacados nomes das literaturas de língua portuguesa em relação com a teologia. Podem-se citar, entre outros, os trabalhos de Antonio Manzatto (1994), sobre Jorge Amado; de Heloísa Vilhena de Araújo (1996) e Paulo César Carneiro Lopes (1997), sobre Guimarães Rosa; de Waldecy Tenório (1996), sobre João Cabral de Melo Neto: de Alcir Pécora (1994), sobre Antônio Vieira, e de Maria Joaquina Nobre Júlio (1997), sobre Vergílio Ferreira.
Bib.: Adolphe Gesché. “La théologie dans le temps de l’homme. Littérature et Révélation” in Jacques Vermeylen (dir.): Cultures et théologies en Europe : jalons pour un dialogue (1995);
Alcir Pécora. Teatro do sacramento: a unidade teológico-política dos sermões de Antônio Vieira. São Paulo/ Campinas : EDISP e Ed. da Unicamp, 1994.
Antonio Blanch. El hombre imaginario: una antropología literaria. Madri : PPC/UPCO, 1995.
Antonio Manzatto. Teologia e literatura: reflexão teológica a partir da antropologia contida nos romances de Jorge Amado. São Paulo : Loyola, 1994.
Charles Moeller. Littérature du XX e. et christianisme. Paris/Tournai : Casterman, 1953ss, 7 vols. (a edição mais acessível é a da Editorial Gredos, de Madri).
Hans Urs von Balthasar. Herrlichkeit, Theodramatik, Theologik. Einsiedeln : Johannes Verlag, 1961ss, 10 vols. (há traduções em inglês, francês, espanhol e italiano).
Heloísa Vilhena de Araújo. O roteiro de Deus: dois estudos sobre Guimarães Rosa. São Paulo :Mandarim, 1996.
Henri Bremond. Histoire littéraire du sentiment religieux en France. Paris :Bloud et Gay, 1915ss.
Henrique Cláudio de Lima Vaz. Escritos de filosofia: problemas de fronteira. São Paulo : Loyola, 1986.
Hervé Rousseau. A literatura : qual é seu poder teológico? Concilium 115, 5 (1976): 7-15 (número sobre Teologia e literatura).
Jean-Pierre Jossua. Pour une histoire religieuse de l’expérience littéraire. Paris : Beauchesne, 1985.
José Sebastião da Silva Dias. Correntes de sentimento religioso em Portugal (séculos XVI a XVIII). Coimbra : Instituto de Estudos Filosóficos da Universidade de Coimbra, 1960, 2 vols.
Maria Joaquina Nobre Júlio. O discurso de Vergílio Ferreira como questionação de Deus. Lisboa : Colibri, 1997.
Marie-Dominique Chenu. La littérature comme “lieu” de la théologie. Revue des Sciences Philosophiques et Théologiques. 53 (1969) : 70-80.
Michel de Certeau. L’union dans la différence. Paris : 1969.
Paulo César Carneiro Lopes. Utopia cristã no sertão mineiro: uma leitura de “A hora e a vez de Augusto Matraga” de João Guimarães Rosa. Petrópolis : Vozes, 1997.
Pie Duployé. La religion de Péguy. Paris : Klincksieck, 1965.
Romano Guardini. Religiöse Gestalten in Dostojewskijs Werk: Studien über den Glauben, 1933 (trad. fr.L’univers religieux de Dostoievski. Paris : Seuil, 1947).
Waldecy Tenório. A bailadora andaluza : a explosão do sagrado na poesia de João Cabral. São Caetano do Sul : Ateliê, 1996.
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Livro dos mortos
Velho Egipto (Cap. 125)
Segundo a crença do Velho Egipto, todos os mortos deveriam estar em condições de fazer as seguintes afirmações, para poderem entrar na sala de Osíris, onde o seu coração seria pesado numa balança.
“Não cometi injustiça contra os homens;
“Não matei os bois destinados ao sacrifício...;
“Não fiz o que o deus abomina;
“Não acusei falsamente nenhum servo diante de seu chefe;
“Não deixei a ninguém passar fome;
“Não fiz chorar ninguém;
“Não matei;
“Não mandei matar;
“Não agi mal contra ninguém;
“Não diminuí as ofertas de alimentos nos templos...;
“Não cometi adultério...;
“Não aumentei nem diminuí a medida do trigo;
“Não diminuí a medida do campo;
“Não enganei na medida do campo...;
“Não roubei;
“Não fui ganancioso;
“Não furtei;
“Não matei homens...;
“Não falei mentiras...;
“Contentei o deus com aquilo que ele ama;
“Dei pão aos famintos, água aos sedentos, vestidos aos nus e condução para os que não tinham barco...
“Salvai-me, portanto, protegei--me, portanto, e não testemunheis contra mim perante o grande deus!
Tenho a boca pura e as mãos puras; sou um ao qual dizem: “bem-vindo!”, quando me vêem.
Informação colhida no Dicionário de Teologia Bíblica de Bauer,
Edições Loyola
Não tenho informação sobre a data deste documento, mas foi certamente muitos séculos antes de Abraão, que viveu cerca do ano 1900 AC, pois no ano 2000 AC, o Egipto já estava na sua 12ª Dinastia (Tebana).
Camilo – Marinha Grande, Outubro de 2005.
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