Manifestações demoníacas

Manifestações demoníacas (CC)

Ontem fui à Escola Dominical na Igreja Batista da Maceira que fica aqui perto da cidade onde moro, a Marinha Grande, no centro de Portugal.

O assunto foi sobre Marcos 5:1/20, essa passagem em que os demónios foram expulsos para os porcos que se atiraram ao lago e morreram afogados.

Temos passagens paralelas em Mateus 8:28/34 e Lucas 8:26/29

Como era uma escola dominical participativa, tipo “mesa redonda”, com um moderador e em que todos participam, surgiram as mais diversas opiniões, até que alguém contou o caso duma mulher que estava de tal maneira atormentada pelos demónios que tiveram de a levar aos Serviços de Urgência do Hospital.

Entre os alunos dessa escola dominical estava um médico que disse já ter tratado vários casos desses.

Então perguntei como é que ele tratava e respondeu-me que uma injecção de Largactil é a solução para quem apresenta estes sintomas. Não sei se no Brasil o medicamento terá o mesmo nome, mas é este medicamento e outros semelhantes que dão para estes casos, que os religiosos classificaram como manifestações demoníacas.



Agora, o que podemos concluir destas informações?

Será que esses demónios, que zombaram das orações dos crentes, não são imunes a estes medicamentos?

Será que esses medicamentos têm algum poder sobrenatural?

Será que já vamos sabendo alguma coisa sobre os demónios e como os podemos combater?

Distúrbio mental e possessão demoníaca são coisas diferentes? Quais as diferenças?

Haverá outras interpretações?



No aspecto prático, o que deve fazer o crente perante um caso destes?

Chamar o Pastor da sua igreja?

Juntar alguns crentes para orar?

Levar às urgências do hospital?



O que pensam disto?

Gostaria de receber não só respostas teóricas, mas que realmente pudessem orientar o crente que se vê perante situações destas. O que fazer num caso destes?



Camilo Marinha Grande, 2004/11/01



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Graça e paz!

Problemas de ordem espiritual se resolvem espiritualmente!

problemas de ordem orgânica se resolvem organicamente!

problemas de ordem psíquica se resolvem psíquicamente!

Porém, quando a causa é espirutal só se resolve espiritualmente!

e há situações que se envolvem as treis áreas.

A questão é ter a sabedoria pra fazer o diagnóstico e prognóstico e não tratar a todos os casos com a mesma “medicação”.

Sempre o remédio é JESUS CRISTO, porém Ele utiliza o que os homens já sabem! Contudo quando há solução sempre o milage é DELE! Pois a vida é dele!

Tudo pertence a Ele! Pois veio para libertar, curar e salvar!

Um abraço,

seu sempre missionário,

Pr. Gilson Fontes da Cruz

Bacharéu em Teologia pela Faculdade Evangélica Betel - Rio de Janeiro;

Pós-graduado em aconselhamento hospitalar e familiar (capelania) Faculdade Evangélica Brasileira - Londrina - Paraná;

Formando em psicologia UNIPAR- Universidade do paraná;

Pastor presidente da PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE CASCAVEL - Pr.

Pastor presidente dos Pastores de Cascavel;

Diretor da Faculdade Evangélica- campus Cascavel;

Sou um servo de Deus e não estou preso ao sistema religioso, porém somente a Cristo, meu Senhor!

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Casos de manifestação demoniáca devem ser analisados um por um, outro dia tivemos um no Congresso Nacional, transmitido exaustivamente por todas as emissoras, o que faz a IURD diariamente também, onde coloca-lhe o microfone para que se possa expressar.

Denota-se ao inimigo de Deus, muitas ações que não lhe compete, especificamente, como em falsas posseções, e ainda mais falsas ainda “expelições ...“ .

Em minha experiencia tenho visto que é um mau negócio para nosso adversário se manifestar e ser humilhado pela palavra de Deus que diz basta comandar em Nome de Jesus e ele tem de sair, a não ser nos casos das castas que se faz mister jejum e oração....

Yrorrito

Goiânia – Brasil

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Sobre demónios e sua actividade, quase nada sei.

Mesmo nas Escrituras há palavras e descrições cuja interpretação literal não é geralmente aceite, ou é, no mínimo, discutível.

Posso é referir algo da minha observação e experiência ao longo de 46 anos de ministério pastoral (na Europa e em África) e de clínica psicológica.

Há uma abordagem médica das ditas “possessões demoníacas”. Sobre o referido medicamento com o nome comercial de Largactil, apenas sei que é usado há várias décadas e a respectiva substância activa é a clorpromazina.

Trata-se dum psicofármaco do grupo dos psicodepressores ou neurolépticos, aplicável em casos de quadros psicóticos(como perturbações da consciência, estados de excitação psicomotora, confusões mentais, alucinações, delírios, etc.). É uma substância química que não tem nada de sobrenatural em si nem nos efeitos que produz.

Também a psicologia clínica se debruça sobre as tais “possessões demoníacas”, considerando essas perturbações como crises que apresentam sintomas de histeria de conversão. Há uma psicoterapia específica para tais patologias.

Quanto à abordagem religiosa desse tema, que dizer de casos de cristãos que tenho conhecido, convertidos ao Senhor e portanto Seus filhos que, periodicamente, têm crises do tipo das dos ditos “endemoninhados”?

Os casos que tenho conhecido têm sido sempre de pessoas, crentes ou não, de baixo nível sociocultural, mais sujeitas a crendices e vulneráveis a superstições. Algumas delas desenvolvem medos ao longo da infância e adolescência, por vezes decorrentes de relatos de coisas diabólicas, de almas do outro mundo, de fantasmas, etc., que as traumatizaram.

Havendo um “terreno” psíquico débil, permeável aos efeitos de sugestão, é maior a probabilidade de ocorrerem tais crises.

Se uma pessoa, que tenha atravessado uma tal crise, estiver convencida de que uma oração, uma cruz, uma Bíblia ou umas palavras proferidas com autoridade por um líder religioso (exorcismo) ... podem afastar o “demónio”, facilmente será “liberta” se se recorrer, na sua presença, a qualquer desses meios (com valor de antídoto).

Mas a situação de “crise” poderá repetir-se...

Para um tratamento de fundo, aconselha-se psicoterapia, por um psicólogo clínico devidamente habilitado.

Para situações pontuais costuma ser eficaz o recurso a um psicofármaco da família do Largactil, sob prescrição médica.

Atenção: há muitos chartatães que se fazem passar por psicólogos.

Assim como há muito aproveitamento deste fenómeno por certos grupos religiosos, sobretudo de pendor carismático, com fins propagandísticos, proselitistas e/ou de exploração financeira.

joao carlos c.dos santos